domingo, 5 de abril de 2009

Na contramão, microempresário mantém otimismo para 2009

O pessimismo que a crise global espalha por praticamente todo o mundo, parece ainda não ter contaminado a maioria dos microempresários brasileiros. Sondagem feita pelo Sebrae apontou que apesar de atingidos pelo forte recuo na atividade e nos lucros ao fim de 2008, cerca de 79% dos dirigentes de pequenos negócios apostam em "bons ou muito bons" resultados em 2009.
Questionado se os microempresários não estariam muito à margem da realidade, quando grandes empresários e consumidores apontam em pesquisas que estão vendo um agravamento da situação, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, senador Adelmir Santana (DEM-DF), disse que esse tipo de empreendedor é otimista por profissão.
"É parte da figura do microempreededor ser otimista; faz parte do seu figurino, de sua estratégia, trabalhar sempre com resultados positivos", afirmou o senador.
O fato é que os resultados divulgados por Santana sobre a primeira sondagem do Sebrae sobre o ponto de vista dos pequenos negócios sobre a crise, levantamento que promete ser regular e trimestral daqui para frente, mostram os pequenos, aparentemente, na contramão das expectativas de boa parte do empresariado e autoridades mundo afora.
De um universo de 3,6 milhões de micro e pequenas empresas cadastradas no Simples, a sondagem foi feita entre os dias 3 e 13 de março, por telefone, com 2.937 empresas em 26 Estados.
A maioria dos entrevistados teve redução nas vendas (70%) e nos lucros (69%), além de perda de clientela (55%) desde setembro de 2008, quando a crise se agudizou. Mas menos de um terço (30%) respondeu à crise com demissões.
Já para 2009, 62% entre os que responderam ao Sebrae esperam vender e faturar mais, enquanto 56% querem manter o quadro atual de funcionários e 68% apostam que a clientela será elevada.
Para que tal otimismo se concretize, os pequenos empresários (23,2%) disseram que, a despeito da escassez de crédito, a saída para 2009 seria elevar os investimentos com a ampliação dos negócios, ações promocionais e investidas em novos mercados.

Fonte: o globo online

sábado, 4 de abril de 2009

Superação - O poder da conquista


Por Rogerio Martins


Provavelmente quando você pensa em histórias de superação de limites vem logo aquela imagem da maratonista suíça cambaleando quase desfalecida para cruzar a linha final.

Ela não venceu a prova. Sua classificação nem foi importante. Mas a imagem de alguém que contrariando as próprias fraquezas busca forças para atingir o objetivo é emblemática. Na história da humanidade há diversos casos de pessoas que se destacaram em meio às mais diversas dificuldades. Beethoven, mesmo surdo, continuava compondo. Grande parte de suas obras foi realizada no período de maior gravidade de sua doença.

Clodoaldo Francisco da Silva é outro exemplo de história da vida real. Até pouco tempo desconhecido e talvez com grande possibilidade de ser “mais um”, destacou-se ao vencer não só seis medalhas de ouro na natação das últimas Paraolimpíadas, como venceu o preconceito. Mostrou que é possível ser um atleta de alta performance mesmo “imperfeito”. Os antigos gregos foram mestres em criar histórias de pessoas e seres extraordinários.

Destaca-se a história de Hércules e seus doze trabalhos. E você? Sabe como se forma um campeão? Entre tantas características importantes uma se destaca: a superação! A superação vem basicamente da vontade de realizar algo maior, de superar os limites, de alcançar o topo. É isso que torna algumas pessoas especiais. Vencedoras! O esporte mundial é um catalisador de situações de superação humana. Uma das mais destacadas foi o bicampeonato mundial da seleção brasileira masculina de vôlei. Costumo usar o exemplo desta equipe vencedora em minhas palestras, pois traduzem o mais alto espírito de superação do ser humano.

Pessoas comuns capazes de atingir o mais elevado posto em sua atividade: o sucesso! Como é possível? A fórmula é simples e ao mesmo tempo trabalhosa: trabalho em equipe + dedicação pessoal + emoção + garra + paixão = conquista! O trabalho em equipe é cada vez mais um diferencial competitivo. Se sozinho é possível alcançar elevados índices de produtividade, em equipe os resultados se multiplicam. Aqui cabe lembrar a diferença entre equipe (ou time) e grupo. Uma equipe é constituída de pessoas que tem objetivos em comum. Trabalham para o mesmo propósito e por isso não competem entre si, mas cooperam.

O grupo é um amontoado de pessoas que estão juntas por alguma afinidade, mas que não garante o alcance de resultados comuns. Voltando ao diferencial que uma equipe proporciona, vale destacar que quando se trabalha em equipe a diversidade é importante para o resultado positivo. Visões diferentes podem auxiliar na tomada de decisões que sozinho você talvez demorasse mais para encontrar. A sensação de pertencer a uma equipe é por si só motivadora. Ayrton Senna e Michael Schumacher não seriam grandes vencedores sem o apoio de uma equipe. Pense nisso quando surgir aquela oportunidade na empresa de fazer parte de um time para solucionar um problema que aparentemente não tem a ver com você.

A dedicação pessoal é a parte que cabe a cada um para fazer a diferença. É notória a história que, na época áurea do Santos Futebol Clube, por volta de 1965, um dos destaques era a dedicação pessoal do maior jogador de todos os tempos: Pelé. Aqueles que acompanharam de perto a trajetória do “Rei do Futebol” contam que após os treinos ele se dedicava exclusivamente à cobrança de faltas. Com isso muitos de seus gols de falta foram decisivos para o brilhantismo da era Pelé. Na empresa também é assim. O profissional que dedica um tempo extra para aprender algo novo ou simplesmente busca a qualidade no que faz, faz a diferença. Por fim vem a tríade: emoção-garra-paixão. Para transformar estes sentimentos e sensações em ações práticas na gestão organizacional é preciso entusiasmo.

A palavra entusiasmo vem do grego e significa "sopro divino". Os antigos gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Entendiam que a pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses. Sendo assim, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Se traduzirmos para os dias de hoje é fazer tudo com prazer e ter prazer em tudo que faz. Quando colocamos nossas emoções positivas em prol de uma atividade certamente nos sentimos contagiados pelo sucesso e também influenciamos os que estão por perto. É muito gratificante trabalhar com pessoas que vibram com o que realizam. Demonstram prazer no trabalho que desenvolvem. E todos nós podemos sentir assim.

Basta entregar-se de paixão àquilo que gosta de fazer. Caso esteja em uma atividade que não se sinta tão feliz, procure outra. Caso não seja possível busque formas de tornar esta atividade mais prazerosa. Para isso converse com seus pares, chefia, colegas e outras pessoas que possam contribuir para uma visão diferente da sua.

Sempre há uma solução. Tenha certeza que, para um indivíduo ou uma equipe obter o sucesso é necessária muita superação. Acreditar em seu potencial de realização e fazer acontecer.


Rogerio Martins é Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante. Especialista em Liderança e Motivação. Sócio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. Autor do livro Reflexões do Mundo Corporativo. Membro do Rotary Club de SP Santana (Distrito 4.430).