sábado, 8 de agosto de 2009

Gestão do Tempo


Por Ernesto Artur Berg

Gestão do Tempo
1. Estabeleça os objetivos com clareza.
Tenha estabelecido bem claro para você o que pretende atingir de mais importante em dois ou três meses ou nas próximas semanas. Anote essas metas com destaque numa folha de papel e deixe-as sempre bem à vista. Isso fará com que não esqueça de suas metas. Lembre-se: barco sem rumo não chega a porto algum.

2. Faça uma lista diária e priorize as atividades.
Isto é tão básico quanto o Manual de Primeiros Socorros. Relacione diariamente, numa folha de papel ou em sua agenda (pode ser notebook, também), todas as atividades a serem cumpridas nesse dia e estabeleça prioridades começando sempre pelas mais importantes. Assim poderá monitorar o andamento dos trabalhos, em vez de perder tempo com picuinhas que engolem o seu tempo, deixando-o dopado, mas sem nada renderem de efetivo.Uma folha de planejamento diário será de muita utilidade para sua definição de prioridades, tanto de atividades a serem executadas quanto de telefonemas a serem feitos.

3. Delegue.
Passe a bola aos seus subordinados, começando pelas rotinas e procedimentos operacionais.Depois, se puder, delegue também atividades e trabalhos de maior responsabilidade, desde que a pessoa esteja apta para assumir a tarefa. Caso contrário, treine-a. Delegando você estará livre para vôos mais altos e fazer coisas mais nobres. Esse assunto (delegação) será abordado numa newsletter futura
4. Saiba tomar decisões.
Não existe carteirinha de chefe que o salve de tomar, algumas vezes, decisões erradas. Uma decisão errada é, quase sempre, melhor do que não tomar nenhuma decisão. Mas abusar do erro é pior do que não tomar nenhuma decisão. Tente identificar as causas do problema mediante as clássicas perguntas:O Quê?, Quando?, Por Quê?, Onde?,Quem?, Quanto?. Isolado o problema e descobertas as causas, tome a decisão.
Se estiver em dúvida quanto à melhor decisão , pergunte às pessoas que já enfrentaram o problema como o resolveram. Pesquise também em livros, ou reúna seus subordinados e peça-lhes sugestões.Uma boa idéia é também procurar um especialista no assunto.

5. Saiba dizer NÃO.
Não recusar nenhum serviço, por menos volumoso que seja, quando você já está atolado de trabalho até a ponta do nariz, não lhe trará nenhum reconhecimento de outros. Acabará apenas ganhando a taça do “Engole Sapo”. Trabalhar muito é uma coisa,mas ser soterrado pelo trabalho é outra bem diferente. Se alguém (como seu chefe, por exemplo) quiser lhe empurrar um serviço e você estiver atolado, diga claramente que não tem condições de assumir mais um trabalho,sob o risco de comprometer seriamente o prazo e a qualidade do que você já está fazendo. Sugira outra pessoa e,se mesmo assim seu chefe insistir, faça com que ele assuma a responsabilidade pelos atrasos que advierem nas atividades que você já estava desempenhando.

6. Seja breve ao telefone.
Ligações telefônicas constantes atrapalham e atrasam o trabalho. Depois das rápidas gentilezas iniciais vá direto ao assunto, seja breve e objetivo, sem entretanto perder a simpatia. Concluído o diálogo, agradeça e encerre o contato. A menos que você seja relações públicas, vendedor ou algo semelhante, não há motivo para esticar um telefonema. Imunize-se também contra interrupções telefônicas quando estiver concentrado num trabalho importante ou em reunião. Peça à secretária – ou a alguém – para anotar o número e ligue mais tarde.

7. Faça reuniões produtivas.
Nada mais fácil do que dinamitar uma reunião. É só introduzir assuntos não agendados, discutir o sexo dos anjos, abordar assuntos irrelevantes e deixar que dois ou três galos de briga monopolizem a reunião e fiquem discutindo entre si. Reuniões eficazes exigem um coordenador (para disciplinar a discussão e também marcar o tempo), assuntos previamente agendados do conhecimento de todos, participação e envolvimento dos participantes e, ao final,cópia para todos das decisões tomadas na reunião, com os compromissos assumidos por cada um (quem são os responsáveis pelas tarefas ou projetos) e as datas de realização.
Entre no site www.quebrandobarreiras.com.br e faça o download gratuito do livro “Como Se Tornar Um Líder”, de Cristian H. Godfroy. Você encontrará ali um teste de liderança e muitas “dicas” sobre o assunto.

8. Evite o perfeccionismo.
“O perfeito é inimigo do ótimo”, diz o ditado. A perfeição é desejável, mas raramente necessaria. Isso parece estar acima do nível de compreensão do perfeccionista, o qual acha que tudo – de um simples bocejo à mais avançada astronave – deve ser impecável. Nada pode ter andamento sem antes passar pelo seu neurótico controle de qualidade – relatórios, projetos, digitação, cartão-ponto, limpeza, etc -, e assim decisões importantes e essenciais deixam de ser tomadas, porque o “deus-da-perfeição”,excessivamente comprometido com a importância das picuinhas desnecessárias, não consegue ver as oportunidades passando ao lado. Se o ótimo já está ótimo, deixe o rio continuar fluindo, e não o impeça. Quase sempre o perfeito custa tempo, dinheiro e esforço que não compensam o trabalho. O perfeito só deve ser buscado quando for realmente imprescindível.

9. Saiba como usar sua energia trabalhando a seu favor.
Todos temos um “relógio biológico” que regula nosso fluxo de energia no decorrer das 24 horas do dia. Pesquisas científicas comprovaram que nossa capacidade de raciocínio, criati-vidade e tônus muscular atingem seu auge entre oito e onze horas da manhã. Esse ritmo diminui quase pela metade no período da tarde e à noite não chega a 20%. Nada melhor então do que remar a favor da maré. Pela manhã, sempre que possível, execute atividades nobres, que exijam clareza de raciocínio, dedique-se a um projeto importante, faça reuniões produtivas (e rápidas), estabeleça contatos essenciais etc.À tarde, de preferência, dedique-se mais a rotinas e trabalhos corriqueiros. Agora, se você gosta de testar seus limites de atleta olímpico, então na hora do almoço faça sempre refeições substanciais, com muita comida gordurosa e regada a muito vinho ou cerveja e, em seguida, vá a uma reunião importante ou desenvolva um trabalho que exija concentração e veja os resultados. Entretanto, se você não for “aquele” atleta, nem quiser testar seus limites, então almoce com frugalidade e evite bebidas alcoólicas.Você continuará produtivo no período da tarde e com disposição até para algum trabalho à noite, se precisar. Reserve, de preferência, o fim de semana para colocar em dia suas necessidades gastronômicas e etílicas, se sentir essa necessidade.

10. Organize-se.
Os sintomas da desorganização são: deixar tarefas inacabadas, fazer várias coisas ao mesmo tempo, incapacidade de concentração, adiamentos constantes, não programar suas ativida-des. Existem tarefas que exigem dias, semanas ou meses de trabalho, e muitas vezes não temos condições de alocar períodos de tempo sem que haja várias interrupções. Use então a “técnica da mortadela”. Quem se propuser a comer uma mortadela de dois quilos de uma só vez é sério candidato a uma inesquecível indigestão. Mas, se ela for fatiada e consumida aos poucos, depois de alguns dias, não existirá mais nenhum pedaço dela.
O mesmo se dá com tarefas trabalhosas e difíceis. Divida-as em porções menores e depois complete-as passo a passo. Neste caso é essencial estabelecer prazos e dividir o trabalho em etapas, completando um segmento de cada vez. Assim, você se sentirá gratificado ao perce-ber que já completou uma parte do projeto e estará motivado para iniciar a próxima etapa.

11.Saiba o que fazer com os papéis (vale também para e-mails).
Se você coleciona papéis em cima da mesa ou entope as gavetas com eles e sente-se incomodado com isso, então utilize estas alternativas:
a. Jogar Fora. Pergunte-se:“Qual a pior coisa que poderia acontecer se eu jogasse esse papel no lixo (ou deletasse)?” Se a resposta for “nada”, então jogue no lixo (ou delete) sem o menor constrangimento.Exemplos de papéis descartáveis: intermináveis folhetos de propaganda, folders de seminários e conferências a que não irá assistir, notícias obsoletas, informações que não são de seu interesse.

b. Transferir. Transfira os papéis (ou e-mails) que não são de sua alçada ou do seu interesse ao chefe, colega ou subordinado etc. e que poderão ser de utilidade a eles.

c. Agir. Se tiver que tomar alguma atitude em relação a algum papel (ou e-mail),tome logo,contanto que não interfira nas suas prioridades, a menos que seja algo mais importante do que essas prioridades. Se você mesmo não puder executar as tarefas, então delegue-as a alguém.

d. Arquivar. Se o papel (ou e-mail) tiver alguma utilidade futura, arquive-o. Assim poderá recuperar o documento futuramente quando necessitar dele. Não esqueça de entrar no site www.quebrandobarreiras.com.br e de fazer o download gratuito do livro “Como Se Tornar Um Líder”.

12. Pratique a relação 80/20.
Já no final do século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto afirmava: 80% das riquezas do mundo são produzidas por 20% das nações; 20% das riquezas restantes são produzidas por 80% das nações. Essa relação vale também para a administração: 80% que de importante você produz num dia vem de 20% de suas atividades; enquanto que 20% da produção de um dia vem de 80% de outros trabalhos.
Descubra quais os 20% do seu trabalho diário (isto é, o que é realmente essencial em seu trabalho) que lhe dão 80% de produtividade. Descubra também quais as picuinhas, rotinas e atividades que tomam 80% do seu tempo e que lhe trazem apenas 20% de produtividade. Descarte-as quanto antes, pois elas o estão fazendo cair na armadilha da improdutividade, camuflada sob a forma de muito trabalho. É bom lembrar que os “super” bem-sucedidos raramente trabalham tanto quanto os meramente bem-sucedidos: é que eles trabalham de um jeito mais inteligente.
Falta de tempo é o eterno álibi dos incompetentes. A alta produtividade é o resultado dos que aprenderam a esgrimir com o fantasma do tempo.
Fonte: www.portaldomarketing.om.br

Ética... por onde caminha?


Ética... por onde caminha?Por Rogerio Martins
Ética... por onde caminha?
Recentemente vivi uma situação inesperada e indigesta: um de meus artigos foi clonado!

Tenho o hábito de navegar pela Internet para adquirir informações para os artigos que escrevo, bem como pesquisar como está a divulgação dos mesmos. Certo dia, pesquisando em um site de conceituada empresa de consultoria, vejo que um de meus artigos foi indevidamente “copiado” e “colado”. É isso mesmo: o “autor” simplesmente apropriou-se de um texto meu e o divulgou com seu nome e informações pessoais. O único trabalho que teve foi de alterar o título, que acredito deve ter sido muito difícil para ele elaborar.

Este fato me fez pensar sobre um dos temas que mais tenho recebido solicitações das empresas nos últimos meses: Ética Profissional.

O que está acontecendo nas organizações? Será que as pessoas vêm perdendo a noção sobre o que é moral e ético? No mundo moderno onde as relações humanas estão cada vez mais fragilizadas é comum vermos pessoas apropriando-se do que não é seu. Muitas vezes sem perceber que o que estão fazendo é crime.

Para facilitar a discussão deste tema vou utilizar a definição de Robert H. Srour sobre ética e moral, apresentada no livro Ética Empresarial. “Moral é um conjunto de valores e de regras de comportamento, um código de conduta que coletividades adotam, quer sejam uma nação, uma categoria social, uma comunidade religiosa ou uma organização. Enquanto ética diz respeito à disciplina teórica, ao estudo sistemático, a moral corresponde às representações imaginárias que dizem aos agentes sociais o que se espera deles, quais comportamentos são bem-vindos e quais não”.

A internet abriu um espaço novo para as relações profissional e pessoal, mas o mau uso deste ambiente reacende a discussão dos limites entre a ética e a divulgação desenfreada de serviços e produtos e da apropriação indébita de material para uso escolar, particular e profissional.

Os casos são os mais variados possíveis: envio e recebimento de e-mails particulares na conta da empresa; chefe que apresenta um trabalho desenvolvido por seu subordinado como seu; profissional que se apropria de uma apresentação realizada por um consultor e a utiliza para se divulgar internamente; funcionário que passa horas navegando em sites que nada tem a ver com seu trabalho; uso de equipamento de trabalho para pesquisa de vagas em outras empresas.

É importante que o funcionário saiba diferenciar o que é particular e o que é profissional. Algumas empresas inclusive já adotam sistema de punição e demissão para pessoas que usam indevidamente os recursos disponíveis. Certa vez conheci um rapaz que atuava na área de recrutamento e seleção de uma grande empresa e estava prestes a se casar. Como era uma pessoa de poucos recursos financeiros e detinha o poder de contratar as empresas que forneceriam serviços de terceirização, passou a receber alguns “presentinhos” para seu casamento das empresas interessadas. A empresa descobriu e o demitiu.

No âmbito acadêmico é travada uma árdua luta com os estudantes para que eles deixem de lado o comodismo e facilidade de subtrair textos e artigos para incorporar em seus trabalhos escolares sem os devidos créditos. Há casos de colegas professores que simplesmente identificaram seu próprio texto em monografia apresentada pelos alunos que orientava, sem que eles se dessem conta do autor.

Vivemos uma crise de ética em nosso país. O correto passou a ser ridículo. A pessoa que procura manter uma postura ética é tratada como chata. Cobrar seus direitos tornou-se uma tortura diária. E assim vamos vivendo “felizes” com a famosa Lei de Gerson: para tudo se dá um jeitinho, mesmo que isso ultrapasse a ética e a moral vigentes.

Há várias formas de revertermos esse quadro surrealista, mas todas elas passam por uma mudança de comportamento de cada indivíduo. Perceber a si mesmo e rever seus atos é um bom começo. Agir como uma velha frase nos ensina é outro passo importante: faça aos outros o que gostaria que fizessem com você. A atitude correta, assertiva, garante que cada pessoa possa tratar o outro de forma humana, íntegra, ética. Depende de cada um. Pensar antes de agir que um pequeno ato poderá interferir em um contexto maior é uma forma de contribuir para a preservação da moral.

Para concluir transcrevo uma frase do Presidente da Cable News Network, Tom Johnson: “Faça o que é correto. Se você não está seguro, pergunte a si mesmo o seguinte: ‘Como estas ações seriam vistas se publicadas na primeira página do jornal que os meus pais lêem?'. Você não precisa mentir ou trapacear para ser bem-sucedido na vida(...) .”

Rogerio Martins é Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante. Especialista em Liderança e Motivação. Sócio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. Autor do livro Reflexões do Mundo Corporativo. Membro do Rotary Club de SP Santana (Distrito 4.430).

Fonte: www.portaldomarketing.com.br